Ciao belle!
Saí de Lisboa coberta pelo fumo e fui directa a Milão. Sol maravilhoso, uma brisa corre, o Figo lá aparece, a mala ficou perdida, mas isto de misturar portugueses e italianos à volta com organização já se vê que pode apenas dar.... merda.
Milão é uma cidade de gente rica, de empresários, de indústria. Mas não tem fumo. O céu está límpido.
Há saldos. Vi uns sapatos lindos de morrer. Entrei na loja e de repente percebi que estava na Bata!!!! Bata????
«Questo é Millano, capitale dela moda!», responde-me o empregado depois de eu lhe dizer uns impropérios sobre a marca em Portugal....
Os cabrões têm estilo. Olá se têm.
«Elevatore ascendere. The lifte goes upe.»
Prada, Gucci, um quarteirão de Armani, Duomo, vitrais, galerias, carpaccio e mais carpaccio e mais carpaccio. «Siamo vincino? No? Ah, siamo lontano, va benne.... Parla inglese? No? Va benne...»
«Giallo, scarpe gialo»
«Ciao bella!»
A condução é um horror, mas funciona. Tudo vale menos empatar o trânsito. Creio que a polícia só intervém quando o trânsito fica empatado. De resto sinal vermelho, traços contínuos, cosa? No problem. «Ciao bella!»
Mala Gucci. Imitação. 10 euros. «Salve! Arrivederci.»
tanto estilo que o McDonalds da Piazza Duomo é assim. Quais amarelo e vermelho qual quê, banquinhos de pele olé, olé. Os hambúrgueres devem vir embrulhados em papel Versace.....
Arrivate a Lissabonna.
O fumo parece que desapareceu. Já não deve haver mais nada para arder. O arroz de pato estava delicioso.
O Jaime está lindo, tem mais um dente e já tirou os pontos da cabeça.
«Ciao belle!!!!»