Vergonha
Acabei de ver as imagens horrendas da execução de Saddam Hussein. Horrorizam-me tanto quanto aquelas que nos foram e vão sendo mostradas sobre o dia a dia no Iraque. Sobre as pessoas que ele também matou. Sobre as pessoas que todos os dias morrem.
Estas chocam-me contudo, de outra maneira. Porque tudo parece ser feito em nome de uma justiça que vem sabe-se lá de onde, em nome de sabe-se lá quem. Os que sofreram na pele as atrocidades de Saddam estão satisfeitos, a justiça para eles é outra coisa. Mas é para que não seja feita justiça pelas próprias mãos que há tribunais, feitos por gente que deve manter uma distância e não por gente que quer olho por olho e dente por dente e cuja dor cega a razão.
Eu sei que apenas o Iraque e os Estados Unidos se regozijaram por esta morte. Eu sei que só o departamento de Estado norte-americano disse que este era um passo importante para a democracia no Iraque. Pergunto-me é como se pode caminhar para a democracia passando o pescoço de um homem por uma corda e mostrando-o ao mundo inteiro.
Damn them all.
Oh! What a merry Xmas!!!!!
"It's like the riddle of the Sphinx... why are there so many great unmarried women, and no great unmarried men?" - CarrieÉ só para avisar que nos próximos tempos vou andar a devorar isto tudo e não prometo que seja apenas uma vez. Ainda por cima nunca vi o primeiro episódio... Obrigada Pai Natal. I Love U.
A merry, merry Xmas
Eu sei. Já ninguém faz ideia onde pára o Paul Young e já nem nos lembramos desses maravilhosos tempos em que o Phil Collins ainda não cantava e se limitava a tocar bateria. Bons tempos, portanto...
O Adam Curry era considerado uma brasa, o Bob Geldof era ainda uma brasa e muitos de nós nem sonhavam que o George Michael era gay.
Andava sempre toda a gente a juntar-se para cantar contra a fome e a pobreza e toda a gente sabia as música de cor. Éramos o mundo, queríamos alimentar o mundo, and so on. Mesmo com aqueles cabelos e o pedido no sapatinho de uma BMX com suspensão que teimava em não aparecer parece que éramos bem felizes.
Por isso, com a banda sonora que aqui vos apresento e que me traz sempre as melhores das lembranças, desejo a todos que tenham um Natal muito white, muito snow, com muita comidinha e boa música. Se possível, com cortes de cabelo melhorados.
BEIJOS!!!!!
Hora de compras!!!!!
I was born twice: first, as a baby girl, on a remarkably smogless Detroit day in January of 1960; and then again, as a teenage boy, in an emergency room near Petoskey, Michigan, in August of 1974.
*começa hoje a lista de sugestões para oferecer no Natal. Pelo menos enquanto me apetecer. Começa com este livro.
A vida como ela às vezes é*
Porque uma gaja às vezes não sabe bem o que esperar dela. Porque nos ensinaram que temos de ter prazer na vida, mas depois pedem-nos que sejamos sempre uma série de coisas porque tem de ser.
Porque nos enfiam sistematicamente pelos olhos dentro as fotografias das mulheres que nem pensaram em estudar porque já sabiam que iam ter muitos filhos e iam ficar em casa a tomar conta deles e assim é que deve ser. Porque se deixamos de levar o nosso filho à creche e é o pai que o começa a fazer alguém desconfia. Porque se compramos muita comida pré-cozinhada torcem o nariz. Porque se gostamos que continuem a olhar para trás quando a gente passa algo está errado. Porque se nunca nos passou pela cabeça viver à custa do marido é porque não gostamos assim tanto dele. Porque se achamos estranho que os homens nunca pensem noutra coisa senão neles em primeiro lugar e que ninguém os julgue por isso estamos a ser intransigentes e castradoras. Porque se queremos ter mais prazer na cama e o dizemos alto e bom som é porque somos desvairadas. Porque se ficamos cansadas depois de acordar, trabalhar, ir buscar o filho, fazer jantar e não conseguimos estar frescas e radiantes somos umas frígidas. Porque se queremos ter sucesso no trabalho somos más mães.
Porque não aceitamos ser o prolongamento de um outro e perder a identidade.
Porque gostamos de ser mães sem deixarmos de ser mulheres.
Porque queremos ser amadas e bem fodidas.
Porque desejamos ter sucesso no trabalho.
Porque queremos, tão só, ser iguais no deve e haver.
E é por isso que tantas vezes nos lixamos.
*também a propósito disto aqui
Dois anos, atrasados...
E para provar a toda a gente que sofre com o meu esquecimento permanente das datas de aniversários de que isto é um defeito congénito e que não tem a ver apenas com uma determinada pessoa, aqui está a prova.
Aqui o blogue fez dois anos no dia 30 de Novembro e eu nem me lembrei. Olha, pelo menos poupei na festa...