Zapping perfeito
Nunca tinha ouvido a história desta fotografia da boca de um deles, o que não foi morto horas depois de estar naquela cama. O documentário que passou na RTP 2 sobre a Annie Leibovitz mostrou-me esta pérola entre muitas outras. Maravilhoso. Mesmo.
De olhos bem fechados
Não se pode ser campeão com o Ricardo na baliza.
Bons de bola
Adoramos a Suécia. Joga bom futebol, o Larsson é velhote mas ainda faz boas assistências, o Zlatan marca os golaços, mas o nove é que é. Ou não é?
Mas não há bom ataque sem uma boa defesa. E na defesa, já se sabe, os italianos são imbatíveis.
O treinador também é uma peça importante. E a este aplica-se bem o ditado, quanto mais velho melhor. (Foi ele que ensinou o Robben a marcar aquele golo contra a França e finalmente acertou no corte de cabelo).
Este post é totalmente dedicado ao Maradona.
Uma hora pequenina não, uma hora boa
«O médico começou a ficar muito nervoso, estava mesmo cheio de medo e então, estava eu já com a dilatação quase feita quando ele disse que o bebé não tinha rodado e por isso era melhor fazer uma cesariana.»
Juro que fiquei em estado de choque quando ouvi isto. Juro que não lhe consegui dizer que os bebés rodam na altura da expulsão, que ela tinha pago a porcaria da cesariana a peso de ouro, que o hospital particular tinha enchido mais ainda os bolsos à custa dela. Depois lembrei-me de ela dizer do medo do médico. E pensei melhor. Talvez naquela circunstância, com aquele médico, aquela tivesse sido a melhor opção. Mas fiquei triste. Ela que tinha conseguido andar em pé durante o trabalho de parto, que me disse que estava numa paz fantástica, segura de si, concentrada na possibilidade de ter um parto natural. Tudo poderia ter acontecido como ela desejava não fosse aquele médico, como tantos outros, que não sabem o que é um parto natural, porque nunca assistiram a nenhum, porque não foi para isso que foram treinados.
Por isso fico sempre de lágrimas nos olhos quando leio textos como estes linkados aqui em baixo. Testemunhos destes. Pela alegria que estas mulheres conseguiram experienciar, pela tristeza de o meu parto ter sido tão medicalizado que, sinceramente, nada senti. Não tive dores, é certo, mas fiquei sempre com um enorme vazio, com a sensação de que tudo aquilo era de menos. Foram nove meses de uma gravidez maravilhosa para tudo terminar no meio de comprimidos, epidurais e médicos. Sem emoção.
O segredo mais bem guardadoClaraCláudia
Mas eis senão quando...
Já de unha pintada e passando por cima do França x Roménia, baixou em mim novamente o gajo que me persegue e desatei aos gritos ao ver o três a zero da Holanda à Itália. Um jogo lindo de bola e de outras coisas mais. Os loucos dos holandeses estavam em delírio. Parece que na Holanda foi festa da rija e que não se falava de outra coisa. Mas pronto, se calhar neste caso é da droga legalizada. Afinal são pessoas civilizadas e não iam entrar em histeria só por causa de um jogo de futebol, não é?
Aviso
Pedimos desculpa pela linguagem abardinada que este blogue tem tido, mas tem sido muito futebol. Aviso portanto que, como hoje saio mais cedo, vou directamente arranjar as unhas das mãos e dos pés. Preciso urgentemente de um banho de gaja.
Pátria que os pariu
Pronto, já está. Começou o Euro e já não há dedos para contar o número de intelectualóides que começam a verberar sobre esta alienação colectiva, ai ai ai, que o futebol não acaba com a crise, isto é uma ilusão, ai o povo, o povo, coitadinho, tão tonto, tão pobrezinho de ideias, que só se exalta quando vê os pontapés do Ronaldo e até chora quando ouve o hino desta pátria que os pariu.
Está bem, a sério pá. Eu por mim continuo a gostar de ver boa bola, beber umas cervejas, gritar a plenos pulmões os golos da malta e ficar contente ao fim do dia porque pelo menos já ganhámos um.
E sim, a gasolina está cara comó raio.
Só tenho tempo para dizer que gosto muito do Pepe. É um querido, amoroso, muito simpático e olha, agora até marca golos por Portugal.
Boa Pepinho!